Influência da mídia no consumo de procedimentos estéticos: impactos psicossociais e balizas éticas

Este artigo analisa, por meio de pesquisa exclusivamente bibliográfica e documental, como mídias
sociais e ambientes de comunicação do setor de beleza influenciam o consumo de procedimentos
estéticos, tensionando autoimagem e autoestima de mulheres e suscitando limites éticos na promoção
de padrões de beleza. O problema investigado indaga em que medida e por quais mecanismos a
comunicação midiática e setorial impacta decisões de consumo e quais balizas éticas devem orientar
a prática profissional. Objetivou-se: examinar estratégias e formatos midiáticos associados à
normatização da aparência e à intenção de consumo; identificar impactos psicossociais recorrentes; e
discutir parâmetros éticos e legais aplicáveis à comunicação e à atuação em estética. O método
compreendeu identificação, seleção e síntese crítica de literatura científica e documentos setoriais
recentes, organizados em três eixos: influência midiática, impactos psicossociais e limites éticos. Os
resultados indicam convergência de evidências sobre a intensificação da comparação social, da
insatisfação corporal e da pressão por conformidade a ideais inatingíveis, com maior sensibilidade entre
mulheres e jovens; apontam, ainda, nuances em que narrativas de autocuidado podem favorecer
bem‑estar quando mediadas por informação qualificada e expectativas realistas. No plano ético,
destacam-se a necessidade de consentimento informado robusto, transparência quanto a riscos e
benefícios, não indução por promessas irreais e distinção clara entre orientação técnica e publicidade.
Conclui-se que a combinação de comunicação responsável, educação midiática e protocolos
informativos padronizados pode reduzir assimetrias de informação, fortalecer a autonomia do
cliente/paciente e alinhar a prática estética à diversidade corporal, à segurança e ao bem‑estar.