POUTERIA RAMIFLORA: proposta para a fabricação de sabonete líquido
Palavras-chave:
antibacteriano, curriola, cerradoSinopse
O Cerrado é reconhecido como o segundo maior bioma da América do sul, superado apenas pela floresta Amazônica. Devido à alta degradação desse habitat, entidades públicas colocaram-no entre as áreas críticas para a conservação, pois, o desmatamento vem acontecendo em grande escala devido o avanço da agricultura e pecuária. Mesmo enfrentando todos esses problemas o Cerrado comporta diversas espécies de plantas medicinais utilizadas popularmente para o tratamento de várias enfermidades. Considerada umas das práticas medicinais mais antigas no tratamento de doenças, o uso de plantas medicinais pela população é um costume extremamente difundido em todo o mundo. Diversas pesquisas comprovaram várias atividades biológicas como: antioxidante, antifúngica, antimicrobiana, anticancerígenas, hepatoprotetora e outras presentes em espécies distintas encontradas no Cerrado brasileiro. A Pouteria ramiflora é uma árvore brasileira comumente encontrada no Cerrado, popularmente conhecida como curriola. Pesquisas indicam que os extratos brutos obtidos da planta em geral exibem atividades alelopática, anti-inflamatória, antimicrobiana, antioxidante e neuroprotetora. Vários compostos químicos foram identificados no gênero Pouteria dos quais fazem parte dos triterpenos e flavonoides. Diante da diversidade da flora presente nesse bioma como a abundância de compostos que apresentam várias atividades farmacológicas, o objetivo deste trabalho é contribuir com o estudo fitoquímico, análise da toxicidade do extrato etanólico das folhas da P.ramiflora e o desenvolvimento da formulação de um sabonete líquido utilizando o extrato etanólicode P. ramiflora. As folhas foram coletadas nas proximidades de Montes Claros de Goiás e levadas para FAI - Faculdade de Iporá para realização do sabonete liquido. No estudo fitoquímico do extrato etanólico das folhas da curriola foi possível observar a presença de compostos fenólicos: cumarinas, alcaloides, entre outros. No teste da Artemia salina foi possível observar a ausência de toxicidade no extrato etanólico da folha da P.ramiflora podendo ser utilizada na produção de produtos que auxilia na assepsia das mãos.